Cartografar um território é um exercício subjetivo. É criar uma
representação utilizando convenções comuns a um determinado universo
humano.
Mesmo quando cartografamos a partir de uma fotografia exata de
determinada área geográfica
estamos a exercitar conceitos como a escala, a
proporção, a altura.
O que nos faz compreender uma imagem como
representação de algo real? O mesmo mecanismo mental que nos faz
apreciar ou interpretar uma obra de arte, o nosso talento
para criarmos uma representação mental de um
determinado universo.
Ainda hoje, nesta era de cartografia
científica, é frequente destacarmos pormenores nos mapas: cidades,
edifícios, árvores centenárias, estradas, fronteiras…
Provavelmente,
outra espécie ou até outra cultura, valorizaria outras
marcas do terreno.
Este mapa que apresentamos é
uma obra em construção, mutante como a área que representa. É um mapa
que nos fala do património físico e cultural, das tradições e das
memórias, da história local e dos vínculos
afetivos que criam nos seus habitantes um
sentimento de pertença a um território, assim transformado em lugar.
Direção artística José Barbieri
Produção geral Memória Imaterial CRL
Co-produção Museu de Lisboa – Teatro Romano
Proposta geral, contextualização histórica Lídia Fernandes
Voz, Direcção, Selecção de textos e
Dramaturgia Ana Sofia Paiva
Voz e Desenho de som Marco Oliveira
Fotos, Panoramas Rafael del Rio
Web design José Barbieri
Locução dos textos de
apresentação Luciana Ribeiro
Vozes adicionais Carlos Marques, Délio Paiva, Joana Craveiro,
Jorge Vara, Lavínia Moreira, Miguel
Sopas, Nuno Nunes,
Sofia Cabrita, Sofia
Dias.