LU.GAR propõe mapear territórios culturais. Sobre esse mapa queremos inscrever novas narrativas que reinterpretem as memórias do lugar e criem novas vivências utilizando discursos e percursos artísticos. Enquanto projeto experimental, exemplificativo e replicável escolhemos a malha urbana de Alenquer para iniciar este programa com atividades de formação e criação que estimulam a participação e qualificação da comunidade e do público, contribuindo para corrigir assimetrias de acesso à produção e fruição cultural.
Cartografar um território é um exercício subjetivo. É criar uma representação utilizando convenções comuns a um determinado universo humano. Mesmo quando cartografamos a partir de uma fotografia exata de determinada área geográfica
estamos a exercitar conceitos como a escala, a proporção, a altura. O que nos faz compreender uma imagem como representação de algo real? O mesmo mecanismo mental que nos faz apreciar ou interpretar uma obra de arte, o nosso talento
para criarmos uma representação mental de um determinado universo.
Ainda hoje, nesta era de cartografia científica, é frequente destacarmos pormenores nos mapas: cidades, edifícios, árvores centenárias, estradas, fronteiras… Provavelmente, outra espécie ou até outra cultura, valorizaria outras
marcas do terreno. Este mapa que apresentamos é uma obra em construção, mutante como a área que representa. É um mapa que nos fala do património físico e cultural, das tradições e das memórias, da história local e dos vínculos
afetivos que criam nos seus habitantes um sentimento de pertença a um território, assim transformado em lugar.
Continuamos a acrescentar vídeos, textos e outros materiais. Continue também a visitar-nos e a percorrer o mapa interativo que estará cada vez mais preenchido com vozes e memórias de Alenquer.
Queremos saber das suas opiniões e sugestões. Escreva para o nosso email! Envie fotos que ilustrem a história da vila e dos seus lugares.
Obrigado pela sua visita!