São tantas as maneiras de pensar os lugares, de contar os lugares. Aquela que aqui apresentamos nasce de uma parceria de muitos anos entre agentes culturais a desenvolver os seus projectos artísticos a partir de cooperativas culturais e associações - narradores e músicos, mediadores de leitura, ilustração - criadas com a vocação de intervir culturalmente nas comunidades, de re-ligar, criando diálogos entre a memória e a contemporaneidade, através do cruzamento de visões, imaginários e narrativas.
São razões de afeto e de relação com o património humano
vivo do lugar e a possibilidade de oferecer uma experiência cultural construída
em torno das muitas expressões do imaterial: da memória, da tradição oral, das
práticas artesanais e dos conhecimentos tradicionais sobre a terra e universo -
que nos fizeram optar por Beringel. Importava fazer com sentido e desenvolver
um projeto que ampliasse a experiência das comunidades em que se insere, um património vivo, em plena transformação,
aberto ao diálogo e à partilha comunitária.
LU.GAR propõe mapear territórios culturais. Sobre esse mapa queremos
inscrever novas narrativas que reinterpretem as memórias do lugar e
criem novas vivências utilizando discursos e percursos artísticos.
Enquanto criadores e produtores culturais defendemos a
confluência entre memória, ecologia e arte. Investigamos e criamos a
partir das
dimensões social, científica, política, ecológica e filosófica da nossa
era, já
caraterizada como Antropoceno. Este projeto reflete as nossas opções de
trabalho fundindo a história dos lugares com a memória viva dos
habitantes e com intervenções artísticas multiplataforma - novos média,
teatro, narração oral, artes visuais.
LU.GAR pretende construir uma relação inclusiva com a
comunidade. Várias ações são desenhadas a partir da escuta e estudo da tradição
oral local, histórias de vida e saberes tradicionais - com a colaboração ativa
da população residente - enquanto outras são implementadas em locais marcantes
da memória coletiva, incentivando o diálogo e fruição públicos.
Enquanto criadores e
produtores culturais defendemos a confluência entre memória, consciência
ecológica e arte. Enquanto artistas, investigamos e
criamos a partir das dimensões
social, científica, política, ecológica e filosófica da nossa era, já
caraterizada como Antropoceno. Do diálogo
entre estas duas dimensões de trabalho nascem propostas caraterizadas
pelo cruzamento de linguagens, técnicas e abordagens, em lugares
importantes para os seus habitantes.
Este website pretende explorar as possibilidades dos novos media em intervenções artísticas presenciais e virtuais. Pretende ainda criar uma sobrevida digital de longa duração a eventos efemeramente
implementados em locais físicos.