Arquiteto
e ilustrador. Desenha desde criança. Desenha sempre no local, excetuando algum
retoque final que, por falta de tempo, possa ser terminado em casa com o recurso
a fotografia, anotação breve ou memória visual.
Valorizando
a autossuperação, força-se, em constante desafio, a desenhar coisas com que não
se sente à vontade (árvores, pessoas). Pratica um desenho à vista, mas conservando
uma atitude livre e inventiva perante a realidade espacial a desenhar. Ao
desenho de linhas expressivas acrescenta, em aguarela, os contrastes de luz e
sombra e a vivacidade da cor.
Desde
os vinte anos, desenha em cadernos, constituídos em
repositórios gráficos pessoais das suas deambulações urbanas. Por entender que
os desenhos são auxiliares pessoais de memória, cujos traços fixam (além da
intenção neles contidos) as histórias associadas ao momento e ao lugar em que
foram realizados, só cede, por vezes, reproduções numeradas dos mesmos. Considera
a aguarela como uma extensão do trabalho realizado no caderno de desenhos, para
satisfazer alguma encomenda. Reconhecido pelos seus pares, declara-se à margem
do mercado apesar de conviver com agentes do mundo de arte.
Integra
o movimento Urban Sketchers Portugal desde 2014, sendo formador em
Oficinas de Desenho e um dos coordenadores de Oeste
Sketchers (uma representação oficial do movimento na zona Oeste),
juntamente com Ana Ramos e Bruno Vieira.
Realização
Eva Ventura Ângelo, José Barbieri
Entrevista
José Barbieri
Texto
Carlos Augusto Ribeiro
Legendagem
Laura del Rio
Produção
Memória Imaterial CRL
Torres Vedras 2021/2022
desenho: Pedro Alves