Travessa de São Tomé

É o padroeiro dos arquitectos, nascido na Palestina e morto na Índia onde fundou uma comunidade cristã ......

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Na verdade, esta rua só é de São Tomé até há pouco tempo. Antes de 1822 era chamada de Rua do Infante Dom Henrique, um outro dono que perdeu o seu nome para o novo Tomé quando a este lhe erigiriam uma igreja em sua honra, por aquelas bandas, corria o ano 1320. Tomé foi um dos doze apóstolos que acompanharam Jesus e que, naturalmente, sempre vimos retratado nos quadros da última ceia. É o padroeiro dos arquitetos, nascido na Palestina e morto na Índia onde fundou uma comunidade cristã que ficou até hoje conhecida como “Os Cristãos de São Tomé” ... corriam os anos 70 do início da nossa era.

Orientemo-nos para subir a rua em direção ao Largo das Portas do Sol. Nesse espaço triangular que fica entre a Travessa do nosso São Tomé e a rua do mesmo nome, houve, há poucos anos, uma grande escavação para substituir as condutas de água. Trabalho facilitado, pois se reconheceu logo no leito da artéria, um grande esgoto pombalino que havia sido construído no dealbar do séc. XIX. Lages calcárias colocadas ao alto com outras por baixo a fazer de chão e outras por cima, a fazer de tampa. Trabalho perfeito que só agora, em pleno séc. XXI, houve necessidade de alterar. Por este achado se pode imaginar as restantes ruas com esgotos e condutas de água tão antigos e tão perfeitos que continuam a levar a água por baixo de nós em direção ao rio.